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há algo calado nessas ilhas há algo calado que se remove debaixo de capas e capas e capas e capas de tinta dessas paredes silenciadas algo com cheiro de fúria calado debaixo da  solidão imóvel dos grafites algo incinerado no altar da vila madalena há há uma fúria encoberta por jasmins aéreos há uma amputação em cada sorriso uma fratura em cada sonho há algo há algo calado debaixo das rodas dos carros há algo por debaixo do alabastro das faces  há algo há algo calado calado calado

2 Comentários
  • Álvaro Andrade
    Postado às 23:23h, 28 novembro Responder

    Meu velho,

    belo poema! Lembro da Balada e lendo-o agora vejo que é mesmo muito bonito. Não soube dizer, mas o silêncio de São Paulo, o algo calado, eu senti. (o MASP esconde um silêncio enorme)

    Venho dar um passo na ponte que construímos, para que a poesia possa fluir por mais um lado, desse infinitos que temos pela frente.

    Grande abraço, em meu nome e do Coletivo Muito Barulho Por Nada.

    Álvaro.

    ps: parabéns pelo site. é bonito retado!

    • Wellington de Melo
      Postado às 11:50h, 29 novembro

      Valeu mesmo, cara!
      Estamos tão perto e tão longe, né? Vamos tentar fazer essas pontes!

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